O episódio 11 de Dandadan, intitulado “First Love”, trouxe à tona aspectos que definem o sucesso do anime: humor, personagens cativantes e uma narrativa energética. No entanto, quando analisado no contexto da temporada como um todo, o episódio falha em entregar a intensidade esperada de um penúltimo capítulo. Enquanto o episódio anterior, “Você já viu uma mutilação de gado?”, foi elogiado por expandir a mitologia da série e oferecer momentos memoráveis, o mais recente parece ter tropeçado ao não construir uma ponte convincente para o final.
Embora “First Love” tenha méritos individuais, como o desenvolvimento emocional de Okarun e a introdução de um novo yokai caótico, ele carece de coesão narrativa para conduzir a temporada a um clímax satisfatório. Em vez de amarrar pontas soltas ou criar um cliffhanger impactante, o episódio introduz novos elementos – como um personagem inédito e uma nova ameaça – que acabam fragmentando o ritmo da história.
Essa escolha narrativa pode frustrar os fãs, que aguardam ansiosamente por resoluções e momentos culminantes. A reutilização da trilha sonora “Abertura de William Tell” durante uma sequência de perseguição é outro ponto que deixa a desejar. Apesar de ter sido brilhantemente utilizada no episódio 4, sua reaparição aqui carece da mesma originalidade e impacto visual, resultando em uma sensação de repetição.
A introdução de Jiji é, sem dúvida, o ponto alto do episódio. Desde sua conexão com Momo até seu papel como catalisador para o crescimento de Okarun, Jiji se destaca como um personagem intrigante e multifacetado. Sua presença traz complexidade à dinâmica entre os protagonistas e impulsiona Okarun a sair de sua zona de conforto emocional.
No entanto, apesar do carisma e excentricidade que tornam Jiji cativante, o episódio falha em explorar profundamente sua história. Grande parte do tempo de tela é dedicada ao comportamento exagerado do personagem, deixando questões importantes sobre sua relação com Momo e seu passado apenas superficialmente abordadas. Ainda assim, sua introdução promete ser crucial para os desdobramentos futuros da série.
Outro aspecto controverso do episódio é a introdução de uma nova ameaça conectada diretamente a Jiji. Embora intrigante à primeira vista, essa nova trama surge tarde demais na temporada para ser desenvolvida adequadamente. A revelação de que os pais de Jiji estão hospitalizados devido à influência desse yokai – responsável também por levar exorcistas ao suicídio – adiciona camadas à história, mas corre o risco de deixar pontas soltas no final.
Essa escolha narrativa compromete a construção do arco maior da temporada. Ao invés de consolidar as histórias existentes e preparar o terreno para um desfecho épico, o anime opta por expandir ainda mais seu universo. Isso pode resultar em um final apressado ou insatisfatório, algo que contrasta com a qualidade geral da série até agora.
Uma abordagem mais focada na adaptação dos capítulos do mangá poderia ter garantido uma transição mais coesa para o final da temporada. Ao selecionar cuidadosamente quais eventos incluir na primeira temporada, o estúdio teria potencialmente evitado a sensação desarticulada presente neste penúltimo episódio. Um planejamento mais estratégico poderia ter elevado “First Love” ao nível esperado pelos fãs e preparado melhor o terreno para um encerramento memorável.
No entanto, mesmo com as críticas ao ritmo e às escolhas narrativas deste episódio, Dandadan continua sendo uma obra notável por sua criatividade e energia únicas. Resta aos fãs aguardar para ver se o último episódio conseguirá resgatar as expectativas e entregar uma conclusão à altura do restante da temporada.
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